Abrimos o ano com Antonio Prata, o melhor exemplo de como talento, prática e formação são uma mistura rara e de resultado. Cronista, escritor e roteirista é um dos criadores e redator chefe de “Pais de Primeira”, trabalhou em “Sob Pressão”, “Avenida Brasil”, “Bang Bang”, “A Regra do Jogo”, “Experientes”. Antonio conversou abertamente sobre processo criativo e sobre sua experiência no mercado audiovisual. Esperamos que esse ano nos reserve outras conversas como essa!
No papo de abertura agradecemos aos contatos de fim de ano com nossos ouvintes e falamos um pouco sobre novos formatos que pretendemos explorar no podcast.
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Prezados.
Muito legal a iniciativa dos senhores em manter um site como o “Primeiro tratamento” priorizando o roteiro e conversando com roteiristas. Tenho aprendido muito com vocês. Porém, algo que me entristece (e já ouvi o que vou dizer em várias entrevistas) é quando o roteirista nos compara com o que acontece nos EUA por exemplo. Sempre em alguma entrevista algum roteirista diz “Ah, porque no Brasil ainda não é assim…” ou “Ah, nos EUA é assim”. Penso que a pergunta que ainda falta aos senhores aos seus entrevistados é: “E temos a necessidade de sermos iguais aos EUA, como se isso fosse solucionar o nosso problema de roteiros, de mercado, de estruturas, etc?”. Não temos uma Hollywood. A grande produtora no Brasil é uma emissora de TV e se chama Rede Globo. Por mais que ela queira não conseguirá absorver o batalhão de pessoas que querem ser roteiristas. A nossa indústria cinematográfica também não consegue absorver, e o cara, o diretor, que consegue montar a sua produtora vai querer priorizar o estilo dele é claro.; afinal, para que ser mais um querendo imitar Hollywood se posso ao menos tentar ser diferente?
Não me levem a mal, senhores, é apenas opinião.